Amor. Love. Liebe. Amour. Amore. Todas as mais importantes culturas na história da humanidade conseguiram
chegar a esta palavra, este conceito. O que tal signo designa, afinal de
contas?

Para Schopenhauer, o amor é um mecanismo, uma artimanha do princípio supremo
da vontade de viver, que nos impele a garantir a nossa
sobrevivência e a sobrevivência da espécie através da reprodução. Para o autor,
o amor é a maquiagem necessária para o processo de perpetuação da espécie, que
se dá a nível inconsciente, principalmente nos dias atuais. Ao observar tantas
pessoas se reunindo nos sábados à noite em algum lugar barulhento, onde é difícil de
manter uma conversa normal, reduzindo as barreiras da timidez no gargalo da
garrafa, não é tão difícil de perceber o real motivo de todas aquelas pessoas
estarem ali. Se perguntadas sobre o que levou elas a tomarem banho, se
aprumarem e sair de casa, elas provavelmente não irão responder com "-Para encontrar um parceiro e
gerar descendentes saudáveis.". Mas
para Schopenhauer, esse 'verniz' que cobre as interações sociais é apenas um
pretexto já visado pelo princípio da vontade
de viver.
A racionalidade do ser humano e o advento de convenções e normas
chamadas 'politicamente corretas', forçaram o instinto humano a operar a nível
inconsciente. Aquelas pessoas estão lá para encontrar um parceiro e reproduzir,
mas quem em sã consciência afirmaria isso em público? E mesmo com a criação de
métodos contraceptivos e soluções abortivas, o instinto de reprodução ainda
existe no ser humano. E o amor, o desejo de estar perto de outra pessoa que te
faça bem, o desejo sexual de tê-la, é a forma que a vontade de viver encontrou
para garantir a sobrevivência da espécie.
Porém, não entenda mal! Schopenhauer não acreditava no amor como uma
ilusão, muito pelo contrário: "o
amor é coisa mais importante para o homem. Nada menos que a sobrevivência de
toda uma espécie depende dele."

Não tenha medo de dizer "-Eu
te amo!".
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