Relíquias
Ao amor que aqui não pertence mais
À tristeza que tenta penetrar
Tudo que era bom jaz em abissais
O tempo não parece se importar
Os presentes dados por namoradas
Mementos dos anos que nos amamos
Nossas dores mutuamente sanadas
Quando o amor e o ódio eram antônimos
As juras de amor se tornando obsoletas
Cansados de conviver com nossas facetas
Nos separamos, quebrando nossas muletas
E vejo esse coração olhando pra mim
Desgastado, o que fora um dia carmesim
Sussurrando, "Amo você um tantão assim''.
À tristeza que tenta penetrar
Tudo que era bom jaz em abissais
O tempo não parece se importar
Os presentes dados por namoradas
Mementos dos anos que nos amamos
Nossas dores mutuamente sanadas
Quando o amor e o ódio eram antônimos
As juras de amor se tornando obsoletas
Cansados de conviver com nossas facetas
Nos separamos, quebrando nossas muletas
E vejo esse coração olhando pra mim
Desgastado, o que fora um dia carmesim
Sussurrando, "Amo você um tantão assim''.
Para compreender a grande sacada do soneto, preste atenção na métrica. Este é o melhor que pude fazer parecido com um soneto parnasiano. Ele se configura em catorze versos decassilábicos, de rimas em ABAB CDCD EEE FFF. Formato 4 4 3 3. Para entender a moral do decassilábico, deve-se contar as sílabas do poema sempre parando quando chegar na sílaba tônica da última palavra do verso. E quando uma palavra terminar com uma vogal e a próxima começar com uma, lê-se as duas de forma contínua. Exemplo: "Ao-a-mor-quea-qui-não-per-ten-ce-ma". Note que juntei as vogais na sílaba 'quea' e parei de contar quando cheguei no 'ma', sendo esta a sílaba tônica da palavras 'mais'. Fácil, não?
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